Estas jóias tiveram origem em França no século XVII e apareceram em Portugal no reinado de D. Maria I, começando a ser usadas pela nobreza e burguesia endinheirada, sendo ricamente trabalhadas e com incrustação de pérolas e pedras preciosas.
Como a bolsa do povo não comportava o preço dessas peças, adaptaram-nas às suas possibilidades, simplificando o feitio e subtraindo as pedrarias.
Existem inúmeras histórias associadas a estes belíssimos brincos: Há quem diga que a origem do nome "Brinco à Rainha" surgiu quando a população ofereceu um par de brincos à rainha D. Maria II aquando da sua visita a Viana do Castelo.
Conta também a história que há uma simbologia por detrás da forma que os brincos carregam: É a parte central, redonda, que se move no centro do brinco que derrete os corações de qualquer um. Diz-se que o brinco possuiu o formato muito semelhante à silhueta feminina e com isso, e peça redonda que sobressai representa um ventre germinado. Isto é a mãe carrega o filho no seu interior, que está preso a ela mas ao mesmo tempo, independente em si próprio.
Fonte: O ouro Popular Portugues, COSTA, Amadeu; FREITAS, Manuel Rodrigues; 1992
