
É conhecido mundialmente, e muitas das vezes é um factor identificativo da cultura portuguesa.
Existe desde o século XIX e nesse período era confeccionado por quem o vestia.
É um traje de uso feminino, popular e rural, geograficamente localizados nas proximidades da cidade de Viana do Castelo
Diferencia-se em três tipos, o de festa, o domingueiro e o de trabalho, variando de freguesia para freguesia.
O traje de noiva é conhecido pela sua cor escura que contrasta com o véu branco. É um traje de cerimónia que complementa-se com uma casaca curta. Faz-se acompanhar da vela votiva.
Já o traje de mordoma, é identico ao de noiva no entanto a casaca curta desta vez é substituída por um colete que é colocado por cima de uma camisa branca. Na mão carrega o ramo e o véu que aqui é substituído por um lenço de seda.
O traje de vianesa é o traje vermelho, considerado o mais rico, no entanto, este difere de freguesia para freguesia, cada um deles com nuances particulares.
Por fim ainda existem os trajes de trabalho, um desses exemplos é o traje à sargaceira. A matéria prima que os compõe é sobretudo a lã e o linho. Toda a sua manufactura é artesanal, com o recurso mínimo à maquinaria.
Associados aos trajes, não pode faltar o ouro, que é exibido anualmente nas Romarias de Nossa Senhora da Agonia.
Estes trajes tiveram o seu expoente no período de Estado Novo e com o aparecimento dos grupos folclóricos.
Fonte: Entrevista de Salomé Abreu (Chefe da Divisão de Cultura, Património e Museus da Câmara Municipal de Viana do Castelo) em 2014 para AltoMinhoTV.
Fonte Imagem: https://festasdagonia.com/a-romaria/desfile-da-mordomia/